Texto desabafado por Felipe , em Quarta, 27 de Junho de 2012
Eu confesso que vivo sozinho, tenho poucos amigos e fumo muita maconha.
Sou um cara relativamente bem sucedido, funcionário público, me mudei recentemente e confesso que não estou muito feliz com a mudança de local, pois ela nao foi uma mudança de personalidade.
Não mantenho mais contato com minha famÃlia (ocasionalmente nos ligamos), pois pensam apenas em dinheiro. Tenho outros motivos também: como o fato de eu não saber sobre minha história verdadeira - pois digamos que um de meus genitores se nega a me prestar tal informação.
De qualquer forma, li muita filosofia e me sinto antissocial, tenho um certo pavor de pessoas. Nunca namorei. Sou homossexual. Não costumo arrumar minha casa, ela é sempre uma bagunça.
Sou antropólogo, é uma disciplina que eu amo muito. Mas vejo pouco sentido na minha existência, quero dizer, a vida em si não precisa de sentido, mas viver em sociedade, viver com os outros, como é difÃcil.
Sofro com a convivência, e também pela falta dela, pois tenho dificuldade em aceitar regras e leis. Ao mesmo tempo vivo neurotizando essa relação solitariamente, as vezes ouço vozes e sei que são minhas, e em alguns casos (a maioria deles) percebo que essas vozes estão contra mim.
Quando estou em casa, permaneço falando solitariamente como se eu estivesse em análise, falo tudo o que me vem na cabeça, sinto as repressões, ouço as vozes de resposta, etc. Mas me relaciono normalmente com outras pessoas no cotidiano, muito embora escondendo isso delas, pois me vejo sempre como um adereço, alguém que é dispensável, e que no fundo não importará para os outros.
Apesar de tudo isso, eu sou bastante cético a terapias e análise psicológica, pois eu apreendi o conhecimento analÃtico e ele se tornou uma forma de julgamento moral dos meus sentimentos e do meu bem estar, é como se o conhecimento que um dia eu acreditei poder me curar tivesse se tornado meu flagelo, daà me pergunto, curar de que cara pálida?
As vezes eu acho que vou enlouquecer, e se deixarem eu fico o dia inteiro trancado em casa fumando maconha, dormindo ou lendo.
Sinto falta de uma relação significativa, mas tenho muitas dificuldades em conviver com os outros e em estabelecer laços de intimidade.
Geralmente renego a maior parte das ideologias que ouço - ou que chegam ao meu conhecimento, pois sempre estou atento para os problemas que a moralidade pode trazer aos seres humanos, reconheço que tenho uma dificuldade imensa em ver soluções e que tenho tentado evitar viver de acordo com qualquer noção de esperança.
Evito assistir televisão e costumo ir a poucos eventos.
Não sei por que estou aqui, estou triste por isso e esperava poder contar esse sentimento em mim.
Obrigado por ter lido o desabafo de Felipe.
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Confiss�o / Desabafo
do Lat. confessione, s. f., Acto de confessar ou de se confessar; confid�ncia; desabafo; declara��o dos pr�prios erros ou culpas.